Fico pensando no porquê das coisas, principalmente, no porquê das minhas coisas, afinal, isso é uma egotrip, e chegam umas perguntas loucas como por que eu tenho tanta vontade de dizer sim sempre pra tudo e depois eu vejo que não dá? Ou por que essa saudade de tudo? Ou ainda por que ouvir tanta música anos 90?
Para essa última questão, uma amiga minha disse que as pessoas se apegam a momentos em que foram muito felizes e que deve ser por isso que eu escuto George Michael e Semisonic com tanta freqüência. Mas quem é tão feliz assim na adolescência? Tava pensando, e acho que fui. Eu era feliz, eu confiava demais em mim, eu achava que tudo ia dar certo dentro de pouquíssimo tempo. Eu acreditava que era necessário apenas saber a história do rock e ver os filmes europeus e asiáticos do momento que estaria pronta.
A adolescência deve ser uma espécie de anti-sala da vida (adulta) na qual montamos o nosso destino, o nosso projeto de vida, e depois é que vemos que as coisas não são exatamente assim. Como sou uma pessoa que ama planejar, acho que o momento em que eu tinha tempo para fazer o roteiro da minha vida, fechadinho, bonito, sensível, cheio de viradas, e claro, vários finais felizes, esse momento devia ser ótimo mesmo.
Mas o que a gente faz agora quando a vida ta no ar e todos os acertos têm que ser feitos na improvisação? Não sei, eu sigo improvisando, reeditando, gostando ou não do resultado, mas sempre ligada. Talvez, planejar a felicidade futura, como eu fiz na adolescência, como as pessoas fazem quando pensam em ganhar na loteria, ou quando um novo ciclo se inicia (formatura, nascimento, emprego novo, etc), talvez, seja esse o verdadeiro sabor da felicidade, porque essa felicidade é plena, perfeita e muito real porque está acontecendo nas nossas cabeças. Acho que a realidade que acontece nas nossas cabeças é a melhor que conheço, e ela atende pelo nome de sonho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário