Dos casais por aí
muitas mulheres falam sem parar
algumas têm a calcinha aparecendo,
contam coisas, brigam, cobram,
balançam a cabeça e fazem aquele olho arregalado.
Minha mãe diz que os homens
imploram por limites,
mas eu acho que é mania
de chatice mesmo.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
cuspindo marimbondos
coça coça sem parar
é louco e bom
e não para de coçar
será o calor?
será o limão
o pernil ou
o camarão?
brotueja?
catapora?
coça coça e coça
antialérgico, banho frio
hidratante
e não para de coçar
Dr, o que eu faço
pra acalmar o empolar?
_felicidade, minha cara,
3 vezes ao dia,
e a comichão vai sarar
é louco e bom
e não para de coçar
será o calor?
será o limão
o pernil ou
o camarão?
brotueja?
catapora?
coça coça e coça
antialérgico, banho frio
hidratante
e não para de coçar
Dr, o que eu faço
pra acalmar o empolar?
_felicidade, minha cara,
3 vezes ao dia,
e a comichão vai sarar
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
de um dia pro outro
Guarda um pedaço pra Duda,
minha avó sempre fala
claro que é
o melhor pedaço
mítico pedaço
na geladeira no fogão no forno em cima da mesa
aquele intocado pedaço
proibido.
Olha o pedaço de Duda!
meu avô repete enquanto alguem se serve
temendo que se esqueça o compromisso
de fazer Duda presente em todas
as refeições.
minha avó sempre fala
claro que é
o melhor pedaço
mítico pedaço
na geladeira no fogão no forno em cima da mesa
aquele intocado pedaço
proibido.
Olha o pedaço de Duda!
meu avô repete enquanto alguem se serve
temendo que se esqueça o compromisso
de fazer Duda presente em todas
as refeições.
domingo, 16 de janeiro de 2011
ser livre
se eu pudesse
ai, se eu pudesse
ser a moça livre
dos meus sonhos de
criança
talvez não houvesse esse
vazio perdido em algum
lugar do corpo
ou esse copo
meio vazio de tudo
liberdade é adolescer
sem pressa
e "indolescer"
sem medo
ai, se eu pudesse
ser a moça livre
dos meus sonhos de
criança
talvez não houvesse esse
vazio perdido em algum
lugar do corpo
ou esse copo
meio vazio de tudo
liberdade é adolescer
sem pressa
e "indolescer"
sem medo
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Freedom 90'
Fico pensando no porquê das coisas, principalmente, no porquê das minhas coisas, afinal, isso é uma egotrip, e chegam umas perguntas loucas como por que eu tenho tanta vontade de dizer sim sempre pra tudo e depois eu vejo que não dá? Ou por que essa saudade de tudo? Ou ainda por que ouvir tanta música anos 90?
Para essa última questão, uma amiga minha disse que as pessoas se apegam a momentos em que foram muito felizes e que deve ser por isso que eu escuto George Michael e Semisonic com tanta freqüência. Mas quem é tão feliz assim na adolescência? Tava pensando, e acho que fui. Eu era feliz, eu confiava demais em mim, eu achava que tudo ia dar certo dentro de pouquíssimo tempo. Eu acreditava que era necessário apenas saber a história do rock e ver os filmes europeus e asiáticos do momento que estaria pronta.
A adolescência deve ser uma espécie de anti-sala da vida (adulta) na qual montamos o nosso destino, o nosso projeto de vida, e depois é que vemos que as coisas não são exatamente assim. Como sou uma pessoa que ama planejar, acho que o momento em que eu tinha tempo para fazer o roteiro da minha vida, fechadinho, bonito, sensível, cheio de viradas, e claro, vários finais felizes, esse momento devia ser ótimo mesmo.
Mas o que a gente faz agora quando a vida ta no ar e todos os acertos têm que ser feitos na improvisação? Não sei, eu sigo improvisando, reeditando, gostando ou não do resultado, mas sempre ligada. Talvez, planejar a felicidade futura, como eu fiz na adolescência, como as pessoas fazem quando pensam em ganhar na loteria, ou quando um novo ciclo se inicia (formatura, nascimento, emprego novo, etc), talvez, seja esse o verdadeiro sabor da felicidade, porque essa felicidade é plena, perfeita e muito real porque está acontecendo nas nossas cabeças. Acho que a realidade que acontece nas nossas cabeças é a melhor que conheço, e ela atende pelo nome de sonho.
Para essa última questão, uma amiga minha disse que as pessoas se apegam a momentos em que foram muito felizes e que deve ser por isso que eu escuto George Michael e Semisonic com tanta freqüência. Mas quem é tão feliz assim na adolescência? Tava pensando, e acho que fui. Eu era feliz, eu confiava demais em mim, eu achava que tudo ia dar certo dentro de pouquíssimo tempo. Eu acreditava que era necessário apenas saber a história do rock e ver os filmes europeus e asiáticos do momento que estaria pronta.
A adolescência deve ser uma espécie de anti-sala da vida (adulta) na qual montamos o nosso destino, o nosso projeto de vida, e depois é que vemos que as coisas não são exatamente assim. Como sou uma pessoa que ama planejar, acho que o momento em que eu tinha tempo para fazer o roteiro da minha vida, fechadinho, bonito, sensível, cheio de viradas, e claro, vários finais felizes, esse momento devia ser ótimo mesmo.
Mas o que a gente faz agora quando a vida ta no ar e todos os acertos têm que ser feitos na improvisação? Não sei, eu sigo improvisando, reeditando, gostando ou não do resultado, mas sempre ligada. Talvez, planejar a felicidade futura, como eu fiz na adolescência, como as pessoas fazem quando pensam em ganhar na loteria, ou quando um novo ciclo se inicia (formatura, nascimento, emprego novo, etc), talvez, seja esse o verdadeiro sabor da felicidade, porque essa felicidade é plena, perfeita e muito real porque está acontecendo nas nossas cabeças. Acho que a realidade que acontece nas nossas cabeças é a melhor que conheço, e ela atende pelo nome de sonho.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
às vezes tenho vontade de ficar quietinha
uma vontade-árvore de só me balançar
ao sabor do vento,
ou de ser pequena,
miudinha mesmo
daquele tipo de coisa
que se espanta quem
encontra.
talvez seja só
uma vontade de dizer não
ou um cacoete estranho de me imaginar
coisa, árvore ou bicho.
o bom da vontade é que ela
vem, mas pode se atrasar ou
ter preguiça.
Ser gente tem dessas coisas
uma vontade-árvore de só me balançar
ao sabor do vento,
ou de ser pequena,
miudinha mesmo
daquele tipo de coisa
que se espanta quem
encontra.
talvez seja só
uma vontade de dizer não
ou um cacoete estranho de me imaginar
coisa, árvore ou bicho.
o bom da vontade é que ela
vem, mas pode se atrasar ou
ter preguiça.
Ser gente tem dessas coisas
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