quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O tempo corre estranho
com minhas amigas tão longe.
É um vazio de
coisas bobas,
de nossas tardes preguiçosas,
de gritar quando as encontro
por acaso, ou não.
Queria poder fazer um brinde qualquer,
me comunicar com poucos olhares,
ligar para dizer que ouvi
aquela música no rádio,
ou que estou bêbada
e que as amo.
Citar Caetano
com apenas uma palavra.
Eu queria
simplesmente
comparar nossos vermelhos nas unhas.

Lisboa tem minhas amigas,
mas elas vão, para sempre,
morar comigo.

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